Para o Dia da Mãe, bordámos um lenço, lembrando os antigos lenços dos namorados.
Este trabalho teve início no dia de S. Valentim, quando o professor Pedro Brandão veio à nossa escola falar desta tradição. Ficamos a saber que "a rapariga bordava um lenço para um rapaz de quem gostava e caso este o aceitasse e usasse ao pescoço ou no casaco, o compromisso entre os dois estava assumido com vista a um futuro casamento. Se o rapaz não estava interessado na rapariga, devolvia-lhe simplesmente o lenço." Muitos destes lenços apresentavam erros de ortografia porque as raparigas limitavam-se a copiar os desenhos e muitas vezes nem sabiam ler.
Foram projectadas imagens de lenços e em alguns apareciam versos muito bonitos, como:
A carta que eu te escrevo
A carta que eu te escrevo
Sai-me da palma da mão.
A tinta sai dos meus olhos
e a pena do coração.
Escreve-me, amor, escreve
Lá do meio do caminho.
Se não achares papel
Nas asas de um passarinho.
Não foi fácil mas chegámos lá, e as nossas mães gostaram muito do nosso trabalho.
Querem ver?
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