Durante a Semana da Leitura, que dedorreu de 1 a 5 de Março, os alunos do 1º e 2º anos leram e exploraram o poema "Mariana diz que tem..." de Luísa Ducla Soares, a partir do qual criaram as suas próprias quadras. Todos os trabalhos foram ilustrados.
Aqui ficam os dois textos...
Mariana diz que tem...
Mariana diz que tem
sapatinhos de cristal.
Mas só vejo nos seus pés
as botas de cabedal.
Mariana diz que tem
um cavalo p'ra correr.
Mas só vi no seu jardim
sete ratos a roer.
Mariana diz que tem
chocolates na algibeira.
Mas só lá tem um pão duro
dos que lhe deram na feira.
Mariana diz que tem
estrelinhas a brilhar.
São os seus olhos que brilham
quando se põe a sonhar.
Luísa Ducla Soares
Mariana diz que tem
um carro para brincar.
Mas só a vejo
todo o dia a limpar.
Diogo Rafael
Mariana diz que tem
um belo leão.
Mas só vejo
um pequenino cão.
Diogo Rafael
Mariana diz que tem
muito cristal.
Mas o que lá brilha
é uma montanha de sal.
Diogo Sá
Mariana diz que tem
um cão de boa raça.
Mas o diabo do cão
nem serve para a caça.
Carlos
Mariana diz que tem
um jipe que tem coelhos.
Mas só tem uma carroça
puxada de joelhos.
Carlos
Os alunos do 3º e 4º anos também leram e exploraram poesias de Luísa Ducla Soares.
A partir desses textos, os alunos criaram as suas próprias poesias, as quais foram depois apresentadas aos outros professores e colegas da escola.
O primeiro texto elaborado foi o "Abecedário Maluco de Animais", que teve por base o "Abecedário Maluco de Nomes".
Aqui ficam os dois textos... e comparem...
Abecedário Maluco de Nomes
A é o António,
que faz coisas do demónio.
B é o Bernardo,
picou o rabo num cardo.
C é a Catarina,
a fugir duma vacina.
D é a Diana,
com o sapato se abana.
E é a Elisa,
sai à rua sem camisa.
F é o Filipe,
para faltar diz que tem gripe.
G é a Gabriela,
que se julga muito bela.
H é o Hugo,
mais gordo que um texugo.
I é a Isabel,
tem mais borbulhas que pele.
J é o João,
a beber do garrafão.
L é a Leonor,
namora o computador.
M é o Mário,
guarda os livros no aquário.
N é a Natália,
quando chove usa sandália.
O é a Olívia,
lava as unhas com lixívia.
P é a Paulina,
põe creme de margarina.
Q é o Quim,
nas aulas come pudim.
R é o Ricardo,
morde como um leopardo.
S é a Susana,
a cavalo numa cana.
T é o Tomás,
só de mentir é capaz.
U é o Urbino,
come as cascas do pepino.
V é a Vanda,
caiu na jaula do panda.
X é a Xana,
tropeçou numa banana.
Z é o Zeca,
plantou relva na careca.
Luísa Ducla Soares, Abecedário Maluco
Abecedário Maluco de Animais
A é o abelhão
que põe pilhas no pilhão.
B é a baleia
que come tudo com geleia.
C é o carneiro
que quer ser cabeleireiro.
D é a doninha
que come nozes na cozinha .
E é o elefante
deu um anel à sua amante.
F é a foca
gosta de chupar numa broca.
G é o gato
anda a galope num sapato.
H é a hiena
que voa em cima de uma pena.
I é a iguana
que escorregou numa banana.
J é o jacaré
ficou entalado no canapé.
L é o lagarto
a cantar em cima de um pato.
M é a mula
que teve medo de uma lula.
N é a navalheira
a fritar uma alheira.
O é o orangotango
que namora com um morango.
P é a pomba
a surfar numa onda.
Q é o quetezal
detesta batata frita com sal.
R é a rã
a roer uma maçã.
S é a satinete
a andar de trotinete.
T é o tubarão
a fugir de um escorpião.
U é o urso
foi à universidade tirar um curso.
V é a vitela
que casou na capela.
X é o xuxo
quer fazer um puxo.
Z é o zangão
a jogar ao pião.
Trabalho colectivo
Este trabalho foi também ilustrado e afixado na sala de aula. Vejam depois as fotos...
Outro texto explorado foi o "Poema em iz", a partir do qual se criou o "Poema em ão".
Aqui ficam também os dois textos... para compararem, claro... Mas os alunos não se saíram nada mal!
Dêem a vossa opinião! Esperamos pelos vossos comentários.
Poema em iz
Na vila de Avis
Junto ao chafariz
Vivia feliz
O doutor Moniz
Que sendo juiz
Caçava perdiz.
Num dia infeliz
Uma perdiz
Picou-lhe o nariz
Deixou cicatriz.
O doutor Moniz
Partiu para Paris
Tratou do nariz
Com licor de anis
E voltou feliz
Para a vila de Avis.
Junto ao chafariz
Casou com a actriz
Dona Beatriz.
Teve um petiz
Chamado Luís.
Segundo ele diz
Não, não, não condiz
Com doutor juiz
Caçar mais perdiz.
Luísa Ducla Soares, Poemas da mentira… e da verdade
Poema em ão
Na cidade de Portimão
Vivia o Senhor Simão
Que era solteirão.
Um dia fez uma excursão
À cidade de Milão.
Conheceu a Dona Conceição
Por quem sentiu uma enorme paixão.
Casaram no avião
E fizeram um festão.
Sendo comilão
Comeu muito macarrão
E teve uma grande congestão.
Fez operação
Para resolver a digestão
Mas o médico foi trapalhão
E operou o coração.
O casal Falcão
Voltou de novo para Portimão.
Num dia de Verão
Nasceu o filho Sebastião
Que era anão.
O Senhor Simão
Aprendeu a lição
Que não deve ser comilão
E comer demais macarrão.
Trabalho colectivo
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